A Solidão do Profeta

quinta-feira, 10 de março de 2016

   
Certa vez durante em uma conversa com uma das pastoras da minha igreja, ela falou sobre a solidão daquele que decide viver pelo chamado. Como argumento para a sua tese, ela falou que muitas vezes o pastor de nossa igreja relatara o quanto que ele se sentia solitário em meio á tanta gente. Na época eu não entendi o que ela estava falando, afinal de contas, eu sempre via o meu pastor cercado de pessoas por todos os lados, que estavam sempre ali para pedir conselho, para pedir oração e também estava sempre em eventos com outros pastores da região, com várias fotos no Facebook e também algumas convenções. Eu não conseguia entender como alguém que era tão relevante para o cristianismo na minha região poderia se sentir solitário. Na época eu não entendia, pois como qualquer um que estivesse no começo da fé, o mundo parecia algo extraordinário.
    Porém, os anos foram se passando, eu fui crescendo espiritualmente e também ministerialmente. Eu precisei obter cargos para entender o que ela estava falando. Chega um determinado momento na sua vida ministerial, onde as pessoas não te chamam mais pelo seu nome, mas sim pelo seu cargo a sua posição na igreja. Você não é mais o João, o Carlos, mas você é o pastor auxiliar, ou coordenador de homens, ou mulheres etc. As pessoas não se aproximam mais com o interesse de te conhecer, mas sim pelo interesse daquilo que você pode oferecer á elas. E isso acaba gerando solidão.
   Um dos personagens com quem eu mais de identifico em toda a Bíblia é o Profeta Elias. Não que eu alguma vez tenha feito cair fogo do céu, ou tenha conseguido profetizar e ver a chuva cair em meio ao deserto, mas sim pela sinceridade com que Elias falava de seus sentimentos. Em 1 Reis, 19:10, nós lemos que, o mesmo Elias que outrora tinha visto cair fogo do céu, e visto Deus realizar tantos milagres, estava agora desanimado, escondido numa caverna, e desabafando com Deus sobre os seus sentimentos mais conturbados. "Tenho sido extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os Filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas á espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida". O que lemos aqui, é Elias indagando á Deus sobre a sua desgraça. O que ele não entendia era como alguém que dedicava tanto a sua vida ao Senhor, poderia ser recompensado com ameaças e morte. De mesmo modo, muitos de nós não entendemos como o seguir á Jesus pode te deixar desamparado... E solitário.
    Se Elias estava solitário? Sim. Ele era o único profeta em Israel, o único que sobrou que permanecia firma na Palavra de Deus, e isso, claramente o deixava solitário. No versículo 4, do capítulo 19 de 1 Reis, nós lemos que Elias pediu a morte para si mesmo! Quão extrema era a dor de Elias! Mas a história não acaba assim. Todo aquele que é chamado pelo Senhor e tem a certeza de quem o Chamou, sabe que não há vida fora do chamado, e que a verdadeira felicidade está em fazer aquilo que Deus o criou para fazer. Nesse mesmo capítulo, Deus levanta Elias com uma nova missão (versículo 15), e assim é conosco: quando tudo parecer seco, Deus nos ensina á ser felizes mesmo no deserto. E por mais que ninguém ouça ou entenda as nossas crises, a Presença de Deus, está sempre com aquele que se dispõe á viver pelo chamado.

Cordeiro e Leão 2/2

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

    "... Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai".
        Filipenses 2:9-11 
       
   Jesus Cristo, o nome pelo qual as maldições são quebradas, o nome pelo qual o mundo inteiro se curva, o nome pelo qual o mundo se fez, o nome pelo qual cadeias são quebradas, pessoas são vivificadas, vidas são tocadas, o nome pelo qual o inferno treme, Jesus Cristo, consegue sentir?
   Depois de falarmos sobre o servo sofredor, o Cordeiro de Deus, é hora de falarmos um pouco do Leão da Tribo de Judá, o que venceu, o que não apenas morreu em obediência, mas ressuscitou em poder e ousadia, repetindo, Jesus Cristo é uma ousadia a mente humana. A Palavra nos garante em 1 Coríntios 15:27, que todas as coisas foram sujeitas á Cristo Jesus, logo, Ele é autoridade sobre todas as coisas, e não há nada, absolutamente nada, que não esteja debaixo de seu poder, pois, por Ele se fazer em semelhança de homens, se humilhando e se esvaziando, Ele foi exaltado acima de todos, para que ao nome de Jesus, todo o mundo se curve.
   E terão de se curvar! Guarde essas palavras, caro leitor. Palavras que eu poderia até mesmo dizer que são palavras proféticas, obviamente não de minha autoria, mas fruto de pesquisas e leituras mais profundas da Bíblia: ora, antes da vinda do Senhor, o mundo inteiro há de se curvar a Cristo Jesus por meio de sua revelação a igreja.
   É só notar que, onde há uma sociedade na qual foi construída por meio da cultura cristã há vida, há força e há paz, pois quando Cristo é apresentado á uma sociedade famílias são estruturadas, pessoas são transformadas, a violência diminui e os templos estão cheios, ou melhor, não há nem mais culto nos templos, mas nas ruas, pois não cabem as multidões nos templos.
   Se submeter á Cristo Jesus não é uma opção, visto que desde já estamos submetidos á Ele, visto que á Ele pertence a morte a vida, mas este é o momento de entregarmos á Deus, á Ele, o lugar que Ele merece em nossas vidas, o lugar mais alto, o lugar de autoridade e poder.
   A Ele, pois, seja a Glória para sempre, amém! (Romanos 11:33-36).

Cordeiro e Leão - Parte1/2

sábado, 25 de julho de 2015


Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.
Felipenses 2: 5-9.                      

    A personalidade de Jesus, personalidade de autoridade e servidão, só pode ser expressa da seguinte maneira: cordeiro e leão. Servo e Rei. Sacrifício e Juiz. Em sua breve passagem em nosso planeta, Cristo Jesus foi a figura mais impressionante que já existiu, de modo que depois de dois mil anos após a sua morte e ressurreição, a sua personalidade ainda é exaltada e é exemplo para milhares e milhares ao longo de toda a Terra. Nesses dois post, eu irei falar bastante sobre a personalidade perfeita de Jesus, personalidade essa que não pode, e nunca seria, fruto da imaginação humana, pelo contrário, a própria figura divina caminhando em corpo mortal.
   Mas nesse post em questão, eu irei focalizar no Cristo Cordeiro. Aquele que se submeteu ao castigo que nos traz á paz, Aquele, que sem lutar pelos seus direitos, simplesmente aceitou a morte de cruz para que pudesse ver um sorriso em nossos rostos. Num mundo onde todos lutam pelos seus direitos, Jesus preferiu abrir mão de sua justiça. Num mundo onde todos ostentam seus títulos, Jesus Cristo, o Filho de Deus, se fez Zé Ninguém.
   Ao nos depararmos com essa natureza satânica, a qual nós, como seres humanos temos, a personalidade de Jesus é algo inimaginável e quase que inalcançável para. Para nós, parece ser difícil imaginar que, o Filho de Deus, O Princípio e o Fim, se fez gente, nasceu numa pequena cidade, e passou trinta anos no anonimato, afinal de contas, quem poderia imaginar que o Filho de Deus morreria pela humanidade?
   Enquanto as pessoas ostentam suas habilidades em palcos com telões e luzes de led, esbanjam sua falsa autoridade em seus discursos e em premiações, e se gabam de ser quem são, Jesus aceitou a menor das posições, e ao invés de ostentar ser Filho de Deus, morreu, calado, como um cordeiro sacrificado. 
  Viver na busca de alcançar a perfeição em figura humana que fora Cristo Jesus, envolve diretamente a qualidade de servo, abrindo mão do que parece ser seu e do que parece ser de seu direito. Buscar e viver segundo o que Jesus nos ensinou, significa diretamente se submeter á vontade de Deus, e ao invés de reclamarmos de nossas vidas, orar como Jesus orou, orar para que a vontade do Pai seja feita (Mateus 26:39).
© FÉ NÃO É FILOSOFIA - 2015. Todos os direitos reservados.
Todo conteudo publicado são produzidos por Ewerton Morais.
Layout por: Caroline.
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo